GREVES, OCUPAÇÕES… ANARQUIA – DEUS APROVA?

Bíblia Exortação Juízo dos vivos

Quando minha esposa assistia uma das aulas gravadas do curso de pedagogia, escutei o professor dos futuros professores dizendo que “cada um deve lutar pelos seus direitos”. Não é de admirar, portanto, que os estudantes estejam procedendo desta forma hoje. Estão colocando em prática o que aprenderam por preceito e exemplo. Não nos esqueçamos que, durante anos, viram seus mestres fazendo greve. A propósito, está virando praxe o parar de trabalhar, por qualquer motivo – que o digam aqueles bancários os quais, este ano, quando questionados sobre o motivo da greve, respondiam: “para não perder o costume… todo ano tem greve”. Na mesma linha vão servidores de diversos outros setores, de empresas públicas e privadas. Parece até que está virando moda – quer aumento? Não está gostando da política? Quer protestar por qualquer coisa? Pare de trabalhar.

 

Isso funciona? Trará benefícios reais a grevistas, ocupantes e ao restante da população, no médio e longo prazo? Há um método infalível para chegar na resposta. Jesus disse: “cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto” (Lucas 6:43). Quando há greve, quantas pessoas que nada têm a ver com o problema são prejudicadas! Por exemplo, quando bancos não funcionam, aposentados são prejudicados; pessoas não conseguem pagar suas contas e pagam juros desnecessariamente; pagamentos atrasam; eventualmente salários atrasam; com menos dinheiro em circulação, o comércio todo sofre. E quando levantam a greve, os clientes são obrigados a esperar até que os serviços sejam “colocados em dia” e voltem à normalidade. Está certo prejudicar os outros buscando o próprio benefício? Situações semelhantes ocorrem quando outros setores entram em greve. Estudei em escola pública e, na minha época, quase todos os anos havia greve. Era impossível fazer programação de atividades para o meio ou fim do ano – minicursos ou quaisquer outras atividades – pois não sabíamos quando a greve ia parar, ou quando acabaria o ano letivo. Prejudicava o andamento do trabalho, o planejamento de atividades, o preparo para o mercado de trabalho. Repito: “está certo prejudicar os outros buscando o próprio benefício?”.

 

Os favoráveis às greves argumentam dizendo que é apenas lutando que se obtém mudanças e corrige-se as injustiças. Acabamos de vivenciar doze anos de governo por pessoas que fomentaram a greve como instrumento de reforma social. Qual foi o resultado disso? O país mudou para melhor? Quem é brasileiro que responda. Vimos o aumento de uma massa de desocupados cada vez mais atrevida, participando de manifestações (afinal, têm tempo disponível) e pendurada em programas assistencialistas. A coisa cresceu tanto, a ponto de quase não haver quem não conheça uma história de uma “fulana que não trabalha e só faz filhos para ganhar mais vale gás, vale disso, vale daquilo e ficar em casa sem trabalhar”, contribuindo para sobrecarregar a massa de trabalhadores do Brasil. Porque o dinheiro que vai para estes programas tem que vir de algum lugar – dos impostos pagos por quem trabalha. Resumindo: os trabalhadores pagam a “mamata” dos preguiçosos. A propósito, até invasores de fazendas tinham salários pagos pelo governo – pagos para invadir terras. É o fomento da anarquia. A isso chama-se “reforma social”? É justa? É moral? É ética? Trará crescimento ao país? A derrocada da economia, o fechamento de quase dois milhões de empresas, o aumento do desemprego a níveis jamais vistos em décadas são os frutos da implantação da filosofia da greve e da “luta pelos direitos”. Se esses frutos ainda não te convenceram de qual é a natureza da árvore, só siga a aplicação desta filosofia ao seu final lógico – se todos, de todas as classes, estiverem insatisfeitos com seus salários ou qualquer outra coisa, e cruzarem aos braços ao mesmo tempo – nas indústrias, nos supermercados, nas padarias, nas escolas, hospitais, etc., então o que acontecerá? Em poucos dias, não haverá sequer comida para comprar, nem dinheiro para comprar, e todos morrerão… de fome. Se cumprirá o que Deus disse, por meio do apóstolo Paulo: “se alguém não quiser trabalhar, não coma também” 2 Tessalonicenses 2:10.

Mas o que fazer então, se é inegável, também, que ocorre a exploração das classes mais baixas pelos magnatas da terra? Não poderemos protestar contra os abusos cometidos contra o pobre, quer pelo governo quer pelos ricos? A solução para os problemas sociais encontra-se no seguir as palavras de Cristo. Por meio do apóstolo Pedro, Ele ensinou: “amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis e alegreis… que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte… portanto, também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-Lhe a sua alma, como ao fiel Criador, fazendo o bem” 1 Pedro 4:12-19). “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás o louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para o teu bem. Mas, se fizeres mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Romanos 13:1-7). Ou seja, enquanto as autoridades não pedirem para si a honra que é devida somente a Deus, obedecei-as e respeitai-as. Não as desonrai. Esta é a vontade de Deus. E, por meio ao apóstolo Paulo, Jesus aconselha: “vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar os homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre” (Efésios 6:5-8).

Entregue todas as injustiças nas mãos de Deus. “Minha é a vingança, Eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: o Senhor julgará o Seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:29, 30). Embora cheio de misericórdia para todos os que O buscam, lidará fielmente com os ímpios, dando-lhes, no devido tempo, o castigo merecido.

Que todos, para seu bem, atendam o conselho divino dado por intermédio de Paulo: “Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo coisas vãs. A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com sossego comam o seu próprio pão. E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia, não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão” 2 Tessalonicenses 2:10-15.

 

Que Deus vos abençoe,

 

Pr. Jairo Carvalho

Ministério Quarto Anjo – Advertência Final