JESUS CRISTO: O AMÉM

Jesus

Jesus Cristo: o Amém

Em Apocalipse 3:14, Jesus Se apresenta como o “Amém”. Esta palavra encerra um significado especial o qual, se corretamente compreendido, nos permitirá ver profundidades do amor de Deus ainda desconhecidas, e nos aproximará dEle. Este resultado é um motivador suficiente para qualquer cristão sincero se interessar pelo tema.

A palavra foi proferida para o apóstolo João, quando estava preso “na ilha chamada Patmos”. Então, foi “arrebatado em espírito” e viu o Senhor Jesus, que lhe dizia: “o que vês escreves num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia” Apoc. 1:9-11. As igrejas, na ordem em que foram apresentadas, representam períodos de tempo decorridos, na era cristã, desde a época dos apóstolos até o retorno de Cristo. A última mencionada possui especial significado. O termo original traduzido como “Laodicéia” quer dizer “povo do juízo”, ou ”juízo do povo”. A chegada do tempo do juízo é apresentada no Apocalipse, o último dos livros da Bíblia, dedicado a revelar o fim: “temei a Deus e dai-Lhe glória, porque vinda é a hora do Seu juízo” Apoc. 14:7.

O anúncio do juízo desperta os homens para a necessidade de preparo. Salomão escreveu: “teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, que seja bom, quer seja mau” Ecle. 12:13, 14. E na carta a Laodicéia encontra-se o como realizá-lo. Ela inicia-se pelas palavras: “e ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel, o princípio da criação de Deus” Apoc. 3:14. Jesus começa Se identificando ao mesmo tempo como sendo o “Amém”, e o “princípio da criação de Deus”. Ambos os termos estão conectados, de forma que compreender um é a chave para entender o outro. Por questão de melhor didática, analisaremos primeiramente o segundo.

A expressão “o princípio da criação de Deus” está alinhada com a declaração de João sobre Cristo: “todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” João 1:3. Uma vez que Cristo fez todas as coisas, é anterior a elas. É o Criador, não uma criatura. Criou todas as coisas junto com o Pai. Disse: “quando Ele preparava os céus, aí estava Eu… quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu estava com Ele e era Seu aluno” Prov. 8:27-30.

Mas, uma vez que Cristo criou todas as coisas, como pode ainda ser denominado “o princípio da criação de Deus”? Pela Bíblia, podemos compreender. Houve um tempo no qual somente Deus, o Pai, existia. “De eternidade a eternidade, Tu és Deus” Sal. 90:2. Cristo foi gerado mais tarde, porém ainda na eternidade longínqua. Suas “origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” Miq. 5:2. Deus vê o fim desde o princípio e “chama as coisas que não são como já fossem” Rom. 4:17. Anteviu a queda do homem e a necessidade que ele teria de um Salvador. “O salário do pecado é a morte” Rom. 6:23.

Deus não poderia morrer pelo homem, posto que é “imortal” I Tim. 1:17. Então, antes de criar mesmo o princípio do pó do mundo, planejou conceder o “dom” da “vida eterna em Cristo Jesus” Rom. 6:23, e para isso gerou o Filho (Prov. 8:25, 26). O Filho, não sendo “Deus” porém tendo um caráter igual ao dEle, poderia morrer pelo homem pecador, levando sobre Si seus pecados e ressuscitando posteriormente pela Sua própria justiça. A santidade e justiça do Filho gerado a “expressa imagem” moral do Pai (Heb. 1:3), satisfaria as exigências da lei transgredida.

Após o nascimento de Cristo, na eternidade, coube a Deus contar-Lhe Seu plano de criar o universo – e o homem – e revelar qual seria a providência necessária para atender a emergência trazida pelo pecado. Ele deveria escolher tornar-Se o portador dos nossos pecados. Além disso, Lhe caberia outra missão: justificar o governo de Deus. Os seres rebeldes desafiariam o Criador e lançariam acusações sobre a justiça do Seu governo e da Sua lei. Através da oferta do Filho, por amor do homem, Deus venceria quando fosse julgado (Rom. 3:4). Portanto, para garantir a estabilidade do governo do universo a ser criado, primeiro Cristo deveria consentir em morrer por nós, e levar sobre os Seus ombros a responsabilidade de justificar o governo (Isa. 9:6). Ele concordou; e por isso está escrito que o “sangue de Cristo… foi conhecido ainda antes da fundação do mundo” 1 Ped. 1:20. Assim, pode-se afirmar que, quando Pai e Filho iniciaram a obra de criar o universo, Cristo estava, por assim dizer, assinando Sua sentença de morte. O Cordeiro “foi morto desde a fundação do mundo” Apoc. 13:8.

Chega-se, portanto, a conclusão de que o plano de Deus de criar o universo e os seus habitantes, incluindo o homem, teve sua base no projeto do sacrifício do Filho. E é neste sentido que Ele é “o princípio da criação de Deus”: sem Ele ser gerado e concordar em Se entregar pelos pecadores nada seria criado; pois não haveria meio de salvar os pecadores; nem tampouco de demonstrar as profundidades do amor de Deus as quais, vistas pelas criaturas, conquistariam sua afeição e as conduziriam a uma obediência alegre e voluntária. E é neste mesmo sentido que Ele é o “Amém”. A palavra amém significa “assim seja”. Cristo é o assim seja para a criação; ou Aquele por quem esta se tornou viável. Também é o assim seja para a redenção: o Salvador por meio do qual podemos obter o perdão dos pecados e a vida eterna perdida.

Mas note-se que ambos os objetivos – a justificação do governo de Deus e a salvação do homem – foram alcançados pela encarnação de Cristo: “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai” João 1:14. E quando encarnou recebeu outro nome: “Jesus”, que significa “Jeová salva”. Quando anunciou Seu nome, o anjo disse: “e Lhe porás o nome de JESUS, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados” Mat. 1:21. Portanto, “a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” João 1:17. E conclui-se, portanto que o Homem Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado é o “amém”, como Ele mesmo Se auto-identificou na carta de Laodicéia. Ele é o assim seja para a criação e para a redenção; para a nossa existência e posterior salvação dos pecados. “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém.” 2 Cor. 1:20.

Olhando a passagem sob a perspectiva da profecia, vemos que esta revelação chegou no tempo certo. Em Apocalipse 3:14, Jesus disse: “ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve”. “Anjo” significa também o mensageiro, pregador da palavra, pastor e líder da verdadeira igreja. O apóstolo Paulo menciona que foi recebido pelos crentes Gálatas “como um anjo de Deus”, referindo-se ao fato de que o recepcionaram como um pregador do verdadeiro evangelho (Gál. 4:14). Jesus declarou Sua pretensão de dar revelações especiais de Si mesmo ao pregador do evangelho que vivesse no tempo do juízo, do Apocalipse, para que esse as transmitisse a igreja. Esta é a revelação de que ela precisa para estar preparada para o juízo de Deus.

Paulo, por inspiração escreveu, em outro lugar: “quero que saibais quão grande combate tenho por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e por quantos não viram o meu rosto… para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus – Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” Col. 2:1-3. Hoje, no tempo e da forma apontada por Deus, a revelação de Jesus Cristo como “Amém” chega até você.

Jesus Cristo é o assim seja para a tua nova vida na prática da justiça. E é por esta mesma razão que o batismo deve ser realizado “em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados” Atos. 2:38. Pois o batismo significa a morte para a vida passada e o renascimento para uma nova vida, sem pecado. Então, em nome de Jesus, “amém”!. E não somente isso: tudo “quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças o Deus Pai” Col. 3:17.

Deus nos exorta a prosseguir buscando o conhecimento de Cristo, pois assim obteremos o preparo necessário para o juízo: “vinde e tornemos para o SENHOR, porque Ele… nos sarará… conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR; como a alva, será a Sua saída; e Ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” Osé. 6:1-3. “Ele vos dará ensinador de justiça e fará descer a chuva, a temporã e a serôdia” Joel 2:23. E explicando o sentido do termo “chuva”, acrescenta: “derramarei o Meu espírito” Joel 2:28. Fortalecidos pelo espírito de Deus obedeceremos a lei dos Seus dez mandamentos. A “justiça da lei” se cumprirá “em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito” Rom. 8:4. E que assim seja nas nossas vidas até o fim. Amém!

Deus te abençoe,

Pr. Jairo Carvalho

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